Para as crianças, como para os adultos, o tema das emoções e os sentimentos é complicado, entretanto, com nosso apoio e compreensão, não tem que sê-lo.

Quando algo lhe passa a uma criança, já seja porque está chateada, está chorando, triste, frustrada, etc., geralmente, o primeiro que fazemos é perguntar “por que está chateada?” ou “por que está chorando?” “Que ocorre?”. E está claro que o fazemos com a melhor intenção, pois, realmente, queremos saber que tem e como podemos ajuda-la.

Entretanto, fazê-lo dessa forma pode ser contraproducente, já que, além da má emoção que sente, agora deve buscar uma explicação razoável para dar-nos quando, em ocasiões, nem ela mesma entende, porque se sente assim. Outras vezes pode ser que sinta que a razão pela que se sente de x ou y maneira não é uma razão o suficientemente válida diante dos olhos do adulto.

Por isso, quando vemos que a criança está passando através de algo, o melhor e o primeiro que podemos fazer é validar sua emoção ou sentimento e transmitir nosso amor e apoio. Por exemplo: “vejo que algo te deixou triste” ou “noto que está chateada”, “quer falar sobre isso?” “gostaria que te abrace?”.

Então devemos deixar que a criança marque a pauta de como seguir o caminho, se quer que a abracemos, o fazemos. Se quer falar sobre isso, há que escuta-la, sem interromper, colocando-nos a seu nível, agachados para vê-la em seus olhos e reafirmar nosso apoio e nosso amor.

Para as crianças é mais fácil falar com um adulto que aceita seus sentimentos que com alguém que a pressiona para dar explicações.

E lembrem-se de que tudo que as crianças transformam em hábito desde pequenas, o terão como hábitos quando maiores e isso INCLUI FALAR E EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS, algo que muitos adultos até a velhice não podem fazer!

* Texto de Mi Casa Montessori. Imagem: Pinterest

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