Todos queremos crianças felizes e esse é um tópico que no foi vendido, sobretudo, pela publicidade. A felicidade é um sentimento que se ancora, fundamentalmente, na alegria. É por isso que, nós adultos que amamos as crianças queremos que estejam bem sempre. Eu considero que isso é, de certo modo, um erro. Considero que a maneira de fazer fortes a nossos meninos e nossas meninas não é provocar ou procurar a felicidade para eles, porque isso significa torná-los pessoas dependentes.

Trata-se de provocar neles a capacidade de escolher a emoção que toca, quando toca. Portanto, nossas crianças tem que aprender a sentir o medo, a tristeza e a raiva. Porque o medo é o que salva sua vida. Porque a raiva é o que lhes dá a energia suficiente para poder superar obstáculos que aparecem na vida.

Portanto, eu não sou partidária, literalmente, de que queiramos crianças felizes. Eu quero meninas e meninos que querem ir à escola, que desfrutem. Quero brinquem e filtrem, desde a curiosidade, com a vontade de aprender e de saber. Quero crianças que admirem, que amem nosso professorado e que seu professorado saiba que é um referente, como o são a mãe e o pai. Assim, podem conduzi-las para encontrar todas as potencialidades que tem dentro de si mesmo. Mas a felicidade não seria o objetivo.

A felicidade não é um lugar aonde chegar, mas sim é uma situação que acontece, em um segundo, em sua vida e que também devemos aprender a desfruta-la. Mas quero que minhas filhas sejam o suficientemente livres e autônomas como moralmente para poder escolher que emoção sentir.

Eu quero que minhas filhas, quando sofram uma perda, por exemplo, sintam a tristeza. Não posso esconder delas todas as perdas, ou isola-las de tudo o que está acontecendo, porque isso supõe uma superproteção que as inutilizaria muito mais.

Portanto, o objetivo como tal não é a felicidade. É um equilíbrio emocional que permita a você perguntar sobre as coisas, que lhe permita surpreender-se, porque você toca, cheira, vive, observa, vê, escuta… Porque você permite que uma música a deixe com um escalafrio e possa sentir. Ou seja, o que pretendo, o que desejo, o que gostaria é o desenvolvimento de um equilíbrio emocional em sua totalidade, sem limitar a emoção.

* Mar Romero, especialista em Inteligência Emocional, para @hacerfamilia. Tradução: Karina de Freitas.

Educação Emocional

Na seção Educação Emocional aprendemos como ajudar nossos filhos a reconhecer e identificar as emoções corretamente. A partir do desenvolvimento da inteligência emocional, a criança está preparada para vivenciar situações várias de uma maneira equilibrada. Descubra mais:

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