Meninos e meninas querem ser cientistas. O desejo de explorar e descobrir as coisas do mundo não tem sexo. É bem certo que o mundo científico é liderado pelos homens, no entanto, cada vez mais meninas e mulheres tem mais participação na ciência.

O que você quer ser quando crescer? Cientista? Astronauta? Física? Bióloga? Matemática? Oceanógrafa? A criança pode ser o que quiser desde que não lhe coloquemos travas e limites a seus desejos. As mulheres cientistas que, hoje, inspiram muitas meninas que querem ser cientistas tiveram em comum o incentivo para se tornarem o que queriam.

Mesmo entrando em um universo machista, as mulheres cientistas da nossa história se fizeram valer por seu conhecimento. Projetos, concursos, prêmios impulsionados pelo governo e importantes iniciativas do setor privado tentam incentivar a participação das mulheres no mundo das ciências. Mas isso não é suficiente.

As meninas querem ser cientistas, ao menos Laura sim!

Já lhes contei como a pequena da casa tem uma caixa de invenções. Objetos que iam para o lixo são transformado em grandes invenções. Ao menos para Laura. Ela sim quer ser cientista. Desde os dois anos diz que quer ser astronauta e ir à lua. Não há limites para os sonhos da pequena, ainda que tenha apenas 4 anos e meio e até o momento de escolher sua profissão falte mais de uma década.

Mas, aqui em casa, nossa pequena sonha ser cientista. E como faz experimentos! É comum escuta-la dizer: “Espera, estou fazendo uma experiência”. E sempre lhe respondemos: “Faça e depois nos explique como fez e se deu certo.”. E aqui relato uma delas!

Dias atrás, pegou, na caixa de invenções, uma tapa e uma bola de pingue-pongue. Pediu-me sal. Colocou sal na tapa, bem até a metade. Foi ao banheiro e completou o restante com água. No meio colocou a bolinha.

Perguntei-lhe: “Qual é a experiência que você está fazendo?”. A pequena me respondeu com muita clareza: “Preciso colocar para congelar. Quando estiver congelado, vou colocar algo aqui em cima e fazer uma árvore.” Apenas lhe perguntei: “Acha que isso vai funcionar? Será que vai congelar?”. A pequena foi em direção à geladeira e respondeu com um redondo “SIM”.

meninas querem ser cientistas

Dias depois, Laura se lembrou de seu experimento. Tinha que tira-lo do congelador. Assombrou-se ao ver que apenas o sal tinha se congelado. A água havia ficado sobre o sal em forma líquida. Não podia acreditar!

Frustrada? Nada. Acreditou ter feito uma grande descoberta. Foi então que começamos a conversar sobre por que a água com sal não tinha congelado. A pequena escutou curiosa a explicação de seu pai.

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A explicação é bem simples. A água, quando congela, forma uma estrutura cristalina bem organizada de um cristal. O sal dissolvido na água não facilita a formação desse cristal. Para que a água com sal congele, a temperatura deve ser menor que a temperatura de fusão da água pura que é de zero graus Celsius (0 ºC). Para conseguir o congelamento da mistura água e sal será necessário uma temperatura de – 32 ºC.

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Essa pequena experiência apenas exemplifica a necessidade da criança de explorar e experimentar o meio de todas as formas possíveis. Meninos e meninas são cientistas natos. Quem os limita somos nós os adultos. Imagina se, como pais, tivéssemos dito a Laura: “Guarda isso! Não pegue sal! Não vai gastar sal com bobeira!”. Ao anima-la em sua tentativa, fortalecemos seu desejo de investigar, de descobrir o novo, de experimentar novas coisas.

Se a pequena vai ser astronauta? Falta muito para saber, não é mesmo?! O que temos claro é que as meninas querem ser cientistas, tanto quanto os homens. Limita-las é inibir seu desejo inato de experimentar e explorar.

Em 11 de fevereiro, celebramos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências, uma celebração liderada pela UNESCO e pela ONU Mulheres. Nós apoiamos essa mobilização para promover o acesso das mulheres na ciências!

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