Tudo começou por acaso, mas se tornou uma das atividades de maior interesse e aprendizado de nossa filha. Essa se tornou nossa primeira atividade de ciências para bebês, posto que Laura tem apenas 22 meses. Sempre tivemos vontade de propor-lhe algo assim provocador e instigante, mas nunca nos havia ocorrido nada. Confesso que tampouco buscamos nada em concreto. Conto-lhes como se deu tudo.

Uma bola (tamanho da bola de golfe) e uma bolinha de gude. Laura começa batendo-as contra a superfície de uma mesinha. Para ela a brincadeira já estava garantida. Quando se deu conta de que os sons provocados pelo choque de uma e outra bola eram diferentes, começou a cantar. Em algum momento, contudo, a bola maior escapou de sua mão e começou a girar suavemente pela extremidade da mesinha. Ah, claro, se tratava de uma superfície lisa e redonda.

Laura, então, começou a mover a bola com a mão pela mesinha. Ela se deu conta de que, maior fosse sua força, mais rápido giraria a bola. Pode parecer que esse é um conceito muito complexo, mas é perfeitamente captado por um bebê. Isso era perceptível por nós porque ela mesma aumentava a intensidade de sua força quando a bola reduzia a velocidade.

Parei o trabalho que estava fazendo para observá-la. Dei-lhe, então, um lápis, sem grandes pretensões, para que pudesse impulsionar as bolas. Foi incrível. Como vocês podem ver no vídeo, ela mesma não acreditava no que estava acontecendo. Grita: “Ooolha!”. Era sua grande descoberta. E quis compartilhá-la conosco.

Aprendizado com a atividade de ciências para bebês

Foram muitos os aprendizados para Laura:

  • Concentração. O tempo da atividade foi longo. Laura se mostrou muito atenta a todos os movimentos das bolas. Recomendamos que leia:  6 jogos para melhorar a concentração da criança.
  • Coordenação motora. A criança aprende a coordenar os movimentos dos membros superiores, tendo em vista a força que deve usar para impulsionar a bola para frente.
  • Noções de grande e pequeno. Cada vez mais Laura começa a se dar conta da diferença de tamanho entre as coisas. Pequeno e grande são adjetivos que temos empregado muito. Aproveitei para sugerir-lhe, em algum momento, que escutasse o som provocado pelo choque da bola pequena contra a superfície. Depois o da bola grande. Ela ria. Parecia divertido que dois objetos, aparentemente iguais (bola), produzissem sons distintos.
  • Percepção de força e velocidade. Como já mencionei antes, Laura se dava conta de que, quanto maior a força ao impulsionar a bola, maior velocidade tinha ao fazer a volta pela circunferência da mesa.
  • Percepção de espaço. Ao ver como a bola seguia o circuito da circunferência, a criança percebe o limite do objeto.

atividade de ciencias para bebes 01

Atividade de ciências com bolas

O resumo da atividade é apresentar à criança duas bolas com peso e tamanhos distintos. Facilitar um objeto redondo, de tamanho mediano, com bordas nas extremidades para evitar que as bolas saiam da mesa.

No caso da Laura, não houve qualquer demonstração prévia do que poderia fazer. Ela mesma chegou ao feito. Talvez, por isso, estivesse ficado tão eufórica com o conseguido. Para ela, era uma conquista, algo que tinha feito por ela mesma.

Como pais, ficamos encantados de acompanhá-la nessa descoberta.

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