Baby Art é um projeto de arte do Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha, voltado para bebês e crianças. Durante a oficina de arte, o museu se transforma em um espaço de estímulos e jogos, no qual, adultos e crianças dividem experiências estéticas, explorando juntos conceitos relacionados com a arte, tais como a cor, as texturas ou a luz.
Levamos nossa filha para a sessão Baby Art: Luzes e Sombras, no dia 15 de outubro de 2017. Nela, bebês de 12 a 24 anos foram convidados para brincar com as luzes e as sombras, experimentando com materiais e ferramentas para criar. Gostamos tanto da atividade, que dividirei suas etapas para que vocês possam fazer também com seus filhos em casa mesmo.
Etapas da atividade
A oficina Baby Art: Luzes e sombras consistia na visita a três obras do museu e de umaatividade com luzes, sombra e pintura.
Obras visitadas
1) Os Sonhadores (The Dreamers). Trata-se de uma instalação do videoartista Bill Viola, composta por sete grandes telas planas que ocupa a totalidade da sala. Cada tela mostra uma pessoa submersa em água, no leito de um rio. Estão com os olhos fechados e parecem estar em paz. A água forma ondas sobre seus corpos e dá vida a seus movimentos de um modo sutil. O som da água que flui impregna o espaço à medica em que os sonhos se filtram na sala.
A obra faz parte da exposição “Bill Viola: a retrospectiva”.
2) A matéria do tempo (The Matter of Time, 1994-2005). Trata-se de uma obra de Richard Serra que permite ao espectador perceber a evolução de suas formas escultóricas, desde a relativa simplicidade de uma elipse dupla até a complexidade de uma espiral.
3) Instalação para Bilbao, de Jenny Holzer. Uma série de mensagens percorrem as nove telas LED instaladas no interior do museu. Trata-se de diodos luminosos de dupla face que se estendem do chão ao teto, situados no saguão de entrada do museu. É um convite a perceber luzes e sombras.
A monitora da atividade, durante a visitação, nos explicou o conteúdo das obras. Obviamente, os bebês não entenderam, mas puderam explorar os espaços. Laura interagiu o tempo todo. Especialmente na obra de Bill Viola, ela observava atentamente as expressões das pessoas na tela, como suas mãos se moviam pela força da água. Apontava para cada uma delas e tentava falar com elas (à sua maneira, claro).
Da teoria à prática
Terminada a visitação às obras do museu, fomos levados para a sala de oficina. Havia um ambiente preparado. Com cartolinas laminadas, simulacros de espelhos de dupla face estavam pendurados no teto. Além disso, um meio globo no centro convidava as crianças a percorrer o espaço e observar suas imagens nos “espelhos”. Além disso, o ambiente à meia luz gerava efeitos de luzes e sombras. Também havia cartolinas laminadas dispostas aleatoriamente no chão.
Após um primeiro momento de exploração do ambiente, a monitora pediu que cada bebê, com ajuda de seus pais, pegasse uma cartolina e virasse o seu verso. O bebê tinha que se deitar sobre a cartolina e nós tínhamos que traçar sua silhueta, uma referência à videoarte de Bill Viola.
Depois foram dados a cada criança pratinhos de plásticos com tinta para que pudessem pintar sua silhueta. Por fim, cada uma ganhou pincéis e potes de tintas fluorescentes para que tivesse toques que brilhassem no escuro. Esse ponto contou com nossa ajuda. O papai de Laura contornou sua silhueta com a tinta.
E, para dar o remate final, uma boca com efeito fluorescente também. Aqui deixo o resultado da oficina de arte. Infelizmente não tenho como mostrar a vocês o efeito quando está escuro.
Sua “obra de museu” já está em exposição na parede de seu quarto e nós, claro, fizemos uma foto para que, no futuro, possa ver o que conseguia fazer com tão pouca idade!
