Nesta publicação falarei para vocês de um livro que Laura e eu ganhamos da minha madrinha e pelo qual estamos apaixonadas. Chama-se Histórias de ninar para garotas rebeldes. Um livro imprescindível para trabalhar o empoderamento feminino com as crianças. Um livro para trilhar o aprendizado do feminino.

O livro das criativas italianas Elena Favilli e Francesca Cavallo traz a biografia de 100 mulheres, acompanhadas de seus retratos ilustrados. Cada uma de suas vidas são explicadas como um conto. O detalhe é que todas as heroínas são reais. Dentre elas, não estão apenas as já celebridades (Coco Chanel, Michelle Obama, Frida Khalo…). Encontramos a biografia da austrônoma helenística Hipatia, da nadatora olímpica síria Yusra Mardini, ou, ainda, da jovem saudita Manal Al-Sharif que se atreveu a conduzir um carro, da menin aCoy Mathys que quis mudar seu corpo de menino e da acróbata Maud Stevens Wagner apaixonada por tatuagens do século XIX.

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Trilhando o aprendizado do feminino

Desde que ganhamos o livro, cada dia, leio um conto para a Laura. Ela pouco entende, já que tem 18 meses. Mas está atenta. Adora folhear o livro, ver as bonitas ilustrações daquelas mulheres que deixaram seu grão de areia na humanidade.

É um livro que, certamente, vamos ler e reler ao longo de toda sua infância e juventude. Ele nos ensina a trilhar o aprendizado do feminino. Mostra às crianças (meninas e meninos) histórias de mulheres que sonharam alto e aspiraram a mais. Lutaram com força para conseguir o que queriam. Enfrentaram obstáculos para alcançar seus objetivos.

Outro ponto positivo, o livro foge dos contos típicos, em que homens são protagonistas e estão sempre prontos a salvar e proteger as mulheres.

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Rompendo os esteriótipos de gênero

Para lá de ser feminista, esse é um livro que ajuda a romper com os esteriótipos de gênero atualmente ainda tão arraigados em nossas crianças. À luz do dia internacional das mulheres, o jornal El País publicou uma informação muito relevante:

A partir dos seis anos as crianças se consideram menos brilhantes. Segundo a revista Science, a essa idade já existem menos probabilidades de que, ao perguntar a uma menina por uma pessoa inteligente, escolha uma mulher.

Até que ponto, como pais, somos responsáveis por essa continuidade dos esteriótipos de gênero? Temos muita responsabilidade sim. Claro que não apenas nós, mas também os professores, os colegas e a sociedade em geral. De maneira geral, todos perpetuamos a ideia de que os homens são fortes e independentes, enquanto as mulheres são vulneráveis e frágeis.

E sem estender-nos muito, porque poderíamos escrever um longo post sobre o tema, reflitamos brevemente sobre o nosso sistema educativo. Quantas mulheres filósofas, biólogas, literatas, historiadoras, cientistas são mencionadas nos livros didáticos. Certamente, durante muito tempo os homens eram os que estudavam, mas há também muitas mulheres que vem contribuindo com seus estudos para a humanidade e que não recebem o posto que merecem.

Uma questão de empoderamento feminino

O livro em questão é para as meninas, mas também servem muito aos meninos. É uma forma de mostrar-lhes o empoderamento feminino, a força e o poder das mulheres nas sociedades. A partir de sua leitura, podemos romper com o mito de que as meninas são frágeis e vulneráveis, enquanto os meninos são fortes e independentes. Meninas também podem ser fortes, pensar grandes ideias, executar excelentes projetos e deixar seu grão de areia na evolução da humanidade.

História Infantil

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