Meu bebê golfa muito! Qual o tratamento?” Pergunto em seguida: “Como seu bebê fica logo depois que golfa?” Isso é fundamental. Antes de querer tratar o que não é doença, vamos conversar um pouquinho sobre REFLUXO.

Sabia que grande parte das regurgitações são um alívio e não um sintoma? Elas podem se dividir em DOENÇA DO REFLUXO e REGURGITAÇÃO INFANTIL. É importantíssimo saber o que o refluxo causa no seu bebê. Se ele golfa e fica “de boas” e ainda sorri, é muito pouco provável que ele precise de tratamento. Neste caso, ele pode ser classificado como um REGURGITADOR FELIZ. Já aqueles bebês que choram bastante durante a mamada ou logo após as regurgitações, ou são bastante inquietos e não ganham peso adequadamente, estes sim, podem se beneficiar de algum tratamento.

Já ouvi diretamente do próprio Carlos González “Em grande parte das vezes, o golfo não é problema de Pediatria, é de lavanderia”. E ele tem razão nesse aspecto. Quando o bebê regurgita, independente da quantidade (vômitos tipo a garota de O Exorcista ? ou saída de leite pelo nariz) e da frequência, mas ele fica bem e cresce adequadamente, ele não necessita de tratamento algum. Nesse caso, o golfo é um alívio para aquele bebê que “se empolgou” mamando prazerosamente e passou da conta. A “válvula” que segura o leite no estômago dos bebês é bem frouxa justamente para que ele consiga devolver o que comeu em excesso e não fique incomodado com isso. E mais, pode acontecer durante todo o primeiro ano e continuar sendo NORMAL. Na verdade, difícil é explicar um bebê que NÃO regurgite. .

Nos casos em que as regurgitações fazem parte de uma doença que esteja prejudicando o bem estar do bebê (APLV é uma delas), o Pediatra irá avaliar a possibilidade de iniciar o tratamento baseado nos dados clínicos, até sem necessitar solicitar exames na maiorias das vezes.

* Texto de Reginaldo Freire, pediatra e neonatologista (@omeupediatra)

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