Minha mãe não para de intervir na educação do meu filho. Recebi essa mensagem de uma mãe pedindo ajuda. O que fazer se algum familiar tenta intervir na educação do seu filho? Até eu me sinto identificada com a nossa leitora e, por isso, decidi escrever sobre como solucionamos esse conflito por aqui.

Estar com a família e passar por situações em que avós e/ou tios interfiram na sua forma de educar pode gerar um incômodo grande que pode levar os pais ao estresse. Eles tendem a se sentir frustrados por ver que sua forma de educar não é compreendida pelos demais. 

Vamos ver, os avós, maternos e paternos, nos criaram. Logo, acreditam que tem a fórmula para criar filhos educados. E bem pode ser assim porque sua sabedoria nunca deve ser desprezada por nós. No entanto, os tempos são outros. Na nossa infância, os recursos educativos eram outros. Nossos pais usam gritos, castigos, ameaças, palmadas, cintos… acreditando que esse era o modo correto de corrigir os comportamentos inadequados das crianças. 

Então, os tempos são outros e hoje dispomos de muita informação. Sabemos que é possível fazer escolhas mais respeitosas e amorosas em relação à criança. Há uma multiplicidade de estudos científicos sobre o desenvolvimento do cérebro infantil que explica muitas de suas condutas e, por isso, nos conduz a uma educação com mais empatia. 

O que fazer se algum familiar tenta intervir na educação do seu filho?

O primordial é ter claro o tipo de educação que quer dar a seu filho. Tenha em conta que você é o pai e você é a mãe do bebê. Juntos devem se manter em sua postura e usar a assertividade diante das situações incômodas. Como?

Se algum familiar intervir, agradeça os conselhos e explique que esta é a maneira que você escolheu educar seu filho. Agradeça o respeito e o apoio. A criança deve ter bem claro que pai e mãe são o referente em educação. Mesmo diante dos demais, mantenha a coerência, para que a criança compreenda que, ainda que os demais possam interferir em algum momento, suas decisões são as de referência. 

Diante de situações em que possam surgir conflitos na convivência, convém conversar com o familiar e estabelecer pautas claras para ambos. Por exemplo, há crianças que passam muitas horas com os avós para que os pais possam trabalhar. É preciso que a criança saiba que, na ausência dos pais, os avós são responsáveis, mas, uma vez estejam, os avós não são “as vozes cantantes” na educação. Essa é uma forma de manter a coerência e poder conduzir da melhor maneira possível a educação da criança. 

Criação com Apego

Na seção Criação com Apego você encontra textos interessantes sobre como podemos criar nossos filhos com amor, respeito e firmeza. Prepararmos para ser pais é algo importante. Saber como podemos estabelecer o vínculo com nossos filhos, educando-os sem gritos, ameaças e castigos também. Acesse:

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