‘Olha o filho da vizinha como se comporta bem. Será que você pode sossegar e ficar quietinho?! Não aguento mais correr atrás de você!”. Por que meu filho não se comporta bem? Por trás de um mau comportamento sempre há uma razão.

Uma criança não faz birras, uma e outra vez, porque deseja ver seus pais chateados, não bate no coleguinha porque queira ver o outro chorar, não desobedece uma norma porque adora ser rebelde e revolucionário em idade precoce, não age de maneira agressiva porque nasceu assim.

Primeiramente, é preciso ter em conta a etapa na qual se encontra o seu filho. Em uma criança de 2 ou 3 anos será normal a birra pois é sua forma de testar os próprios pais em distintas situações. Igual não seja normal que sempre seja chamada à escola porque seu filho fica histérico cada vez que alguém pega um material escolar seu.

Logo, é possível que algumas condutas sejam próprias para a idade e, nesse caso, como pais podemos estar mais tranquilos, ainda que devemos atuar com conduta firme, permitindo-lhe vivenciar essa experiência, mas ao mesmo tempo mostrando-lhe a forma adequada de atuar.

Em outros casos, é necessário que nos preocupemos. Muitas vezes, as crianças buscam vias de escape que, para nós, são já intoleráveis e, em ocasiões, difíceis de manejar. A própria birra, para muitos pais é difícil de manejar. Que fazer quando seu filho desata a fazer birra e não se comporta bem?

Algumas razões pelas quais uma criança não se comporta bem são:

  • Chamar a atenção dos pais.
  • Conseguir sentir-se importante para obter o reconhecimento de seus pais.
  • Ter sensação de incapacidade e mediocridade.
  • Imitar o modelo de comportamento que presencia em casa.
  • Experimentar insegurança afetiva.
  • Excesso de normas, arbitrariedade ou injustiça em sua aplicação.
  • Os pais tem expectativas ou exigências pouco realistas, muito altas ou excessivamente baixas.
  • Falta de autoridade dos pais ou de um deles para obter o respeito da criança.
  • Por incoerências na disciplina.
  • Valorizar sua conduta como valiosa para obter o que quer.
  • Carência de afeto ou falta de demonstrações de afeto.
  • Conflito explicito ou não de um dos pais em relação ao outro.

É, portanto, necessário identificar a conduta e suas causas reais, reconhecer suas consequências para que, nós pais, possamos corrigir nossos erros enquanto à educação. Para que possamos guiar nossos filhos é preciso que reflitamos a nossa própria conduta. De nada adianta sermos repetitivos nem ficar com as soluções tradicionais para o problema. Podemos buscar estratégias criativas que novas alternativas que nos ajudem a conseguir que nossos filhos, pouco a pouco, compreendam como devam atuar nas distintas circunstâncias e como podem fazer para solucionar seus próprios problemas de uma forma mais consciente e não impulsiva.

 

* Leitura recomendada: Inteligencia Emocional. Pasos para elevar el potencial infantil. Por Maria Elena Lopez de Bernal

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