É normal, na volta às aulas, que existam episódios de brigas, crianças apanhando, mordendo, sendo mordidas e por aí vai.

É muito importante que os pais entendam que esse é um processo doloroso pra algumas crianças e que é normal isso acontecer. O problema é se isso continuar a se repetir.

Independentemente de o seu filho ser o agredido ou o agressor, acolha, tenha empatia por todos os envolvidos e converse com a professora sobre a melhor forma de amenizar a situação.

Crianças maiores de 3 anos pedem a intervenção dos pais com uma boa conversa, pois elas já começam a entender o tempo e sabem distinguir o que acontece em cada local. Se os pais enfatizarem a maneira como essa criança deve se comportar, ajudarão no processo de conscientização.

Os menores de 3 anos ainda não entendem tempo, então é comum que, ao falar sobre o acontecido, horas depois, eles “misturem” histórias de vários dias ou nem se lembrem do que você está falando. A conversa pode acontecer, mas tenha paciência caso ocorram novos episódios de fúria.

O importante é entender por que isso está acontecendo e acolher as crianças. Ajudá-las a encontrar alternativas pra esses momentos de frustração em vez de “encontrar os culpados”. Em ambos os casos, deve haver a intervenção da professora no momento do ocorrido. A criança precisa entender o que está acontecendo no momento da ação pra que a ação em si e a consequência dos seus atos fiquem mais claras pra ela.

Mas não confunda ação e reação com castigo. Mostrar pra criança que ela feriu o amiguinho, trazer o sentimento de empatia (que, na primeira infância, resume-se apenas a se colocar no lugar do outro) e mostrar as consequências desse ato (como a tristeza do amigo ou, no caso de repetição, o afastamento das crianças) não tem o intuito de fazer a criança se sentir mal ou de humilhá-la, mas sim de trazer clareza quanto ao resultado de suas ações.

* Texto de Camila Menon, especialista em Primeira Infância (@educarepreciso)

Disciplina Positiva

Através da Disciplina Positiva aprendemos a centrar-nos em potenciar habilidades em nossos filhos para que possam ser capazes de solucionar problemas por eles mesmos. Também reconhecemos que castigos físicos e psicológicos não são recursos que favoreçam a criar crianças com autonomia, responsáveis e independentes. Saiba mais:

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